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"Sou daquelas almas que as mulheres dizem que amam, e nunca reconhecem quando encontram, daquelas que, se elas as reconhecessem, mesmo assim não as reconheceriam. Sofro a delicadeza dos meus sentimentos com uma atenção desdenhosa. Tenho todas as qualidades, pelas quais são admirados os poeta românticos, mesmo aquela falta dessas qualidades, pela qual se é realmente poeta romântico. Encontro-me descrito (em parte) em vários romances como protagonista de vários enredos; mas o essencial da minha vida, como da minha alma, é não ser nunca protagonista." (Fernando Pessoa)

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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Rastro

Deixo sempre um rasto de mim. Não importa qual a vela que apago num sopro para não me deixar intimidar com as sombras que ela invoca, deixo sempre um espaço de mim mesmo perdido em auto-analises falhas. Fragmentos de mim espalhados nos dias, nas horas que deixo passar numa inércia tangente que esfaqueia o coração pela inércia das palavras. Tento voltar a pôr tudo no lugar. Permito-me mentalmente a mensagens sábias, quem realmente procuramos senão nós próprios? Algum dia conseguiremos saber da matéria que nos ergue? Faço constantemente essas perguntas, cujas respostas nunca as recebo, flutuo passivo nesses muitos nadas de vazio e imprecisão, procuro-me nos outros. Absurdamente, inevitavelmente. Procuro-me nos outros, nos muitos nadas de todos os outros. E por vezes, em alguns passos, mais ou menos errados, mais prováveis ou menos deleitáveis, encontro a autenticidade que é a deles. De alguns dos outros, poucos senão nenhuns, mas encontro sempre um alguém que me coloca ante mim mesmo, ante as minhas divagações irrealistas que caoticamente me definem. Existe sempre alguma luz no fundo desse túnel que percorro. Alguém me inquieta sempre, daquela forma boa de se inquietar uma pessoa, ou nada do que eu falo agora faria algum sentido. Quando os há, esses alguns, ilhéus, cadências, infinitos particulares, faço-os minhas descobertas, beijo a madrugada que mos trouxe, bebo um gole dessa autenticidade intrínseca e abro as janelas de par em par, por onde espreita um novo e desejado amanhecer. Ouço realmente o que eles têm para me dizer, deixo-me invadir pela ternura que transpiram. E depois me parece apetitoso cair sem saber por quê. Talvez para me levantar e fazer tudo de novo, num infinito recomeço repetido até a exaustão, porque o princípio das coisas parece ser sempre a parte mais gostosa da viagem. Quero chegar perto e sorrir sem razão aparente, chorar porque a alma se sente a transbordar de impulsos e isso às vezes também dói. Às vezes é assim. As lágrimas deixam-se correr e não é suposto travá-las, mas deixá-las pingar placidamente na barra das calças e olhar para a marca que lá deixam. Rastos. Porque ás vezes é só isso o que mais precisamos. Ver o rasto que deixamos nas pessoas. Ou o rasto que as pessoas deixam em nós.

Se perguntarem por mim digam que voei.

As palavras que solto na voz são como ecos de mil lugares. Ou de um só lugar? Perdi-me nas entrelinhas dos meus perpétuos despertares e adormecimentos. Com lápis de cera e um papel usado desenhei o mundo à minha imagem. E ele era de planícies e a praia ali a um passo, e era os reflexos do mar à noite e a noite imensa dentro de mim. E era como uma vontade de ir mais além sem saber do chão que vou pisando, até chegar onde não existe mais chão porque o chão fui eu que inventei um dia para nunca mais cair no chão que não havia. Não existe chão agora, nem tetos ou muralhas. Apenas o horizonte e o acordar que cheira a café com leite e à nostalgia de que os sonhos são feitos. E sorrir sem saber por que.

E as minhas incompreensões são como ecos de mil lugares. Ou de um só lugar. Onde as ondas afagam gestos que nunca foram tão meus como os sinto agora pertencerem-me. É a calma de um mar que acolhe os meus destroços. E escrevo-me de novo num tempo dócil em que as palavras corriam sem se gastarem. E sou eu refletido num violão que inventei na ponta dos dedos, em notas soltas de uma musica que já quase sei de cor. Existe sempre alguém que canta outra canção. Espero pacientemente a próxima partitura, espero ler no meio dela, verso a verso, o meu próprio coração.




sábado, 23 de abril de 2011

Tic-tac


Pela enésima vez confirmo o calendário, o relógio eu já sei que ficou parado nas simulações da memória e o tic-tac é uma partida da minha mente, que se diverte a inventar estímulos sensoriais para eu acreditar que os dias são normais. Mas não são. O tempo não passa como nos dias normais, o relógio não tem ponteiros, só números desordenados na espera, o calendário perdeu os sentidos e não reage aos perpétuos anoiteceres e amanheceres que o horizonte ordena, talvez tenham já passado anos e anos, quantas voltas terei dado aos astros nos últimos minutos, quantas vezes terei violado as tuas mãos nos últimos segundos, quantas e quantas vidas o inconsciente terá criado, enquanto se diverte a atirar-me sem pudores com estilhaços invisíveis da nossa dança etérea. Olha, hoje sonhei que vivíamos dentro de uma caixa de música, e dançávamos com as mãos dadas e os olhos fechados para os nossos beijos, e de repente todos os sons que haviam na cidade emudeceram para se ouvir o nosso grito e as pessoas ouviam aquela música difusa por toda a parte, a invadir as paredes dos prédios e a entrar pelas janelas dos carros e a tocar as flores e as árvores e os pássaros e os mendigos do passeio da cidade das pontes, e as pessoas nas esplanadas tentavam entender que barulho era aquele que se ouvia em toda a parte, mas por essa altura já nós tínhamos extinguido as notas musicais da partitura e já não havia nós dois, era apenas o silencio da solidão que estava entre a caixa de musica e o tic-tac do relógio, me mostrando que não existia mais você.

Não estou para ninguém...(#2)

 ... Exceto para os transeuntes do passeio dos meus sonhos, aqueles que não têm cara, não têm pormenores para eu analisar e me apaixonar. Perdidamente. Eu devia ficar pelos contornos da praia e do areal, e tentar desenhá-lo à medida da sua imensidão, e desistir a meio porque a eternidade é indeterminadamente bela e é essa imprecisão que lhe confere traços tão mais graciosos quanto inacessíveis. Eu não sei desenhar a eternidade. Talvez se soubesse a desenhasse sob a forma do teu rosto, que é a única coisa que eu sei desenhar sem me cansar, e sem perder o rumo. É a única coisa que me sabe bem quando tudo o resto me sabe mal, ou pura e simplesmente não me sabe a nada.

Dicionario (#1)

Tenho um dicionário interior todo a gritar palavras de melancolia. Está um tempo esquisito, lá fora faz sol e calor, mas aqui dentro me sinto frio, por isso fico-me pela penumbra introspectiva que subitamente invadiu os cantos do meu quarto. Não estou para ninguém, não me agrada ser cordialmente ativo, só me apetece estar, ser, o menos possível. Descansar os olhos da mente enquanto observo o vazio do teto e o transformo aos poucos num amontoado de idéias minhas empilhadas anarquicamente, como é meu costume. Exijo uma espécie de coerência interna que nunca existirá em mim, e escrevo linhas onde expando todo o meu egocentrismo, de uma forma absurda e febril, como se precisasse extrair tudo e exorcizar. Mas a confusão está lá, manifesta ou não, e eu aceito-a enfim passivamente, de uma forma narcisista e irritantemente amigável.

As estrelas


As estrelas desenham-se frágeis num teto opaco de reminiscências. Escuto através das paredes dos meus pensamentos as poucas vozes que me restam. De ti, apenas um gesto, o teu melhor, como sempre. Eu acolhi a forma de toda a sua plenitude, e guardei preciosamente numa caixa junto ao coração.

As estrelas desenham-se sem suporte. Instalam-se no céu e nas calçadas da rua escura, atrapalhadamente. Dei-lhes o teu nome, e uma página de papel em branco para elas habitarem sossegadas. Do outro lado da folha, uma estrofe vertida pelos teus lábios numa tarde de há muitos dias. Em hipérbole, obviamente, como devem ser todas as cartas dos amantes.

Me visto das cores das folhas de Outono, que não chegaram ainda. Amanhã de manhã já vou lamentar por não ter tuas mãos, e as estrelas ficarão à porta à espera de uma lagrima. Deixarei as esperando? Desta vez talvez fique lá dentro mais um pouco, semi-escondido no meio das tuas lembranças e das faixas das músicas que só me trazem você, até que a maior parte das pessoas tenham já partido para outro fuso horário. E as folhas de outono virem andorinhas e o céu seja o de primavera vaidosa e febril.

Creio que alguém devia escrever alguma coisa acerca das estrelas a flutuar lá em cima. Eu já esqueci os nomes que lhes dei outrora, enquanto absorvia as palavras vermelhas do poema. Leio-o agora, na esperança de te ver nascer das suas linhas hiperbolicamente, por detrás do pêndulo da tua falta nestas mãos que não te agarram, como não me servem. Pego no telefone para tentar não ouvir o conta-gotas das ausências, e falo de ti às paredes do quarto. Baixinho, elas respondem-me com a tua voz, do outro lado: “Traz-me os. Devo-lhes algumas horas de contemplação.”

4h


4h da manhã. As luzes batem nas árvores como um manifesto embaraçado de ternura, e eu observava-as da janela de uma casa sem numero. E nada mais àquela hora poderia ser de outra forma.

É, são horas de ir dormir. Mas eu não tenho tempo para isso.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Venha!

Onde você está? As vezes chego a acreditar que você já tenha passado por minha vida, que já tenha deixado a saudade que deveria deixar, junto com a dor e o sofrimento de perder um grande amor. Mas você pode ainda não ter vindo ao meu encontro, pode simplesmente estar esperando o momento certo para chegar perto de mim e eu do seu colo para que me deite e possa sentir novamente (ou pela primeira vez) a sensação de ser amado. Espero o momento em que você vai aparecer, reaparecer ou nascer na minha vida MEU GRANDE AMOR. Espero por você como o dia espera pela noite, sonho com você assim como o sol sonha com lua, espero assim como o olhar vazio na janela espera pela silhueta que vai aparecer na esquina. Eu simplesmente espero! Conto cada segundo para que você apareça novamente em meu viver. Tenho certeza de que te vejo todas as noites em meus sonhos, tenho certeza que já vi seu olhar dentro do meu peito, sinto seu perfume a todo momento, mesmo que não tenha nunca em minha vida te avistado, eu sei que te vejo dentro de mim. Venha logo MEU GRANDE AMOR quero ver o sol se por ao teu lado, quero contemplar as estrelas deitado junto a ti, quero seguir o caminho junto com você. Sei que Deus vai te trazer pra mim e sei que ele já te preparou para estar ao meu lado, por isso posso te sentir e ter essa certeza de que você já uma velha conhecida dos meus sonhos... Venha!

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Reversique?


"Meu amor, cuidado na estrada
E quando você voltar
Tranque o portão
Feche as janelas
Apague a luz
e saiba que te amo...”.

Quando você vai voltar? Todos os dias em minha vida eu sonho com a sua volta, sonho com a imagem de seu corpo entrando pela porta, com um sorriso no rosto e um olhar de quem veio pra ficar pelo resto da vida. Sonho, sonho e tenho até deixado de dormir para sonhar com a sua volta, mas uma pergunta não sai do pensamento: quem é você? Quem é a pessoa que eu tanto quero ver voltar?
Me canso de fazer essas perguntas, mas eu quero saber quem é você que me faz tanta falta.
Me recordo de um sonho que tive quando adolescente, foi a primeira vez que te vi ao meu lado, era um sonho mas os sentimentos eram muito mais que aflorados e reais. Eu conseguia te sentir perto de mim como se realmente fosse verdade, foi a primeira vez que você voltou para mim. O interessante é que eu não via seu rosto no sonho, não sabia quem é você (como ainda não sei) e mesmo assim eu me sentia como se você estivesse voltando como uma pessoa que passou uma grande parte de minha vida comigo, ai eu senti pela primeira vez o que é matar a saudade. Lembro que no inicio do sonho eu sentia algo impossível de ser expresso em palavras. O que era saudade se tornou uma alegria inenarrável e agradável.
Anos após este sonho eu ainda me lembro bem de tudo o que aconteceu, mas ainda não sei quem é você que me faz tanta falta e me deixa sem saber quando vai voltar para perto de mim. Sei que de algum modo você sempre esteve ao meu lado, por isso sinto tanto a sua falta.
Quando você voltar saiba que eu te amo!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Vide latus!


Ele estava passeando sem nenhuma pretensão, olhava o horizonte sem pensar em nada ou pensando em tudo. Ele estava tentando começar tudo outra vez, tinha renascido. Olhava para o horizonte como quem olhava para o nada, o nada olhava para ele como quem não via ninguém. Era puramente indiferente, era puramente indefinido.
As únicas coisas que ainda fiavam na mente daquele jovem eram as lagrimas que outrora tinham descido por aquele rosto. Ele reergueu sua cabeça e viu algo que era um sonho. O olhar tinha ficado preso a uma beleza tão rara que o mundo ficara totalmente diferente, ele queria redescobrir o prazer de viver, e tinha acabado de encontrar um motivo pra isso.
E ele apenas estava passeando sem nenhuma intenção, apenas passeando. Só que algo tinha saido do comum, ele apenas andava e sonhava, relembrava os momentos que ainda nem aconteceram.
Ao olhar para o lado tudo mudou, tudo se transformou e virou mágia, magia é a única palavra que se encaixa no semblante daquele jovem.
Olhou para o lado e viu algo que mudou seus dias...


A busca constante por coisas que mudem as nossas vidas é algo que muitas das vezes machuca e nos faz sonhar. Coisas que as vezes nem  se realizem, mas que eram sonhadas de forma intença e unica. O que ele viu ao olhar para o lado? Não faço a menor idéia. Eu acordo todas as manhãs e busco isto como quem busca água no deserto.  As vezes tenho medo de não acreditar mais na mesma história que escrevi, creio que nada esta passando de uma chuva bem densa que não permite que eu veja além da janela do meu quarto.
O que eu mais quero é olhar para o lado e ver a solução para esse amontoado de angustias que tem surpreendido minha alegria.
Será que isso é pedir demais?